Dia da prova, 8:14 da manhã.
Depois de ouvir os avisos dos monitores, Mariana agora recebia seu caderno de questões.
Quando ela chegou ali, por volta das 6:50, encontrou muitas pessoas. Embora a maioria tivesse um olhar nervoso e estivesse recolhida em seu canto, alguns poucos estavam reunidos em grupos, conversando bastante, como que para espantar o nervosismo.
Ou seja, um típico cenário de um dia de prova de Concurso Público.
Mas Mariana se sentia diferente. Estava ansiosa, como a ocasião obrigava, mas ela tinha uma confiança nela própria, e no que ela poderia fazer nessa prova, que a acalmava e confortava.
Ela se sentia preparada.
Ela era um caso raro. Em pesquisas feitas em locais de concursos públicos, apenas 8% das pessoas se dizem preparadas para a prova.
Mariana abriu o caderno de questões. Nas próximas horas, ela iria responder 120 questões, divididas entre conhecimentos gerais e específicos. Teria menos de 2 minutos para responder cada questão. Daria tempo?
Muita coisa dependia das respostas daquelas questões.
A aprovação nesse concurso iria mudar sua vida. Deixaria seu emprego no escritório de advocacia e entraria para o serviço público. Teria mais volume de trabalho e com mais responsabilidade, claro, mas com isso viria melhores salários e segurança.
E segurança era tudo o que ela precisava para dar para sua filha de seis anos, que estava entrando na idade escolar.
Mariana começou a ler as questões, antes de começar a responder. Sabia que era importante fazer uma análise da prova para deixar que as memórias trabalhassem.
E a cada questão lida, imediatamente uma imagem mental do assunto vinha à sua cabeça. Ela conseguia visualizar o problema, os assuntos relacionados, e uma solução possível. A cada questão, sua confiança ia aumentando. Ela sabia que tinha grandes chances de ser aprovada.
Mas nem sempre foi assim.
Um começo difícil
Seis meses antes da prova, Mariana era a imagem do desespero total.
Tinha decidido estudar para o concurso há algumas semanas, e sabia que, trabalhando o dia inteiro e com uma filha pequena para cuidar, ia ser bastante difícil. Mas estava determinada a perseguir seu sonho e iria se esforçar ao máximo para conquistá-lo.
As duas primeiras semanas foram movidas por essa determinação. Mas sua rotina era muito difícil. Depois do trabalho, do cuidado com a filha e com a casa, quando ia estudar era muito tarde, e já estava cansada.
Mas seu maior problema na hora de estudar era a falta de concentração. Qualquer coisa a distraía. Ao invés de focar na matéria, sempre tinha algum problema do trabalho ou de casa que permeava a mente dela nessas horas.
Com isso, parecia que tudo o que ela estudava se perdia. Por mais que estudasse, alguns assuntos eram simplesmente abstratos demais para ela entender. Algumas vezes, ela não conseguia se lembrar do que tinha acabado de ler.
Ela sabia que algo precisava mudar. Apenas comprar o material recomendado e lê-lo completamente não era uma estratégia que estava dando certo.
Encontrando o caminho certo
Pesquisou bastante na internet por técnicas de estudo até que encontrou um curso que parecia ser promissor. Nesse curso eram ensinadas coisas como organização para os estudos, como manter o foco e concentração e técnicas de fixação de conteúdo.
E graças a essa proatividade da Mariana, ela começou a mudar sua história. Eliminou o tempo desperdiçado, delegando tarefas para seus parentes e amigos do trabalho, encontrou sua melhor hora para estudar e organizou seu local de estudos para poder otimizar sua concentração.
Com um plano de estudos montado, e principalmente, um plano de revisões espaçadas, ela passou a adquirir confiança no que estudava. As técnicas de estudo ensinadas no curso para absorver conhecimentos mais áridos, como legislação e fórmulas, ajudaram muito para seu desenvolvimento.
E é por isso que encontramos Mariana, no dia da prova, confiante.
Mariana havia terminado de responder as questões e preencher a folha de respostas. Ela tinha certeza de que acertara a maioria das questões. Deixou a sala da prova com esperança redobrada.
Relembrando agora, sabia o momento exato em que tinha deixado de se desesperar e tomou para si as rédeas do seu futuro. E esse momento a tinha levado a fazer uma boa prova.
O segredo para o sucesso é simples
Esse é o segredo para marcar X com confiança. O segredo é ter consciência de que é possível estudar melhor, com mais técnica, e aproveitando melhor o tempo. E com isso, mudar seus hábitos e trocar comportamentos que atrapalham o aprendizado por comportamentos que o facilitem.
Renato Alves, pesquisador cognitivo e criador do curso Estudo e Memorização (o curso que a Mariana fez), diz que “estudo não é emoção”. E ele está certo. Quando as emoções aparecem durante os estudos, normalmente são emoções negativas: “é chato”, “não vou dar conta de estudar tudo isso”, “matéria sem graça”. E essas emoções negativas vão minar sua força de vontade.
Quando se está estudando, é preciso trocar a emoção pela razão. É preciso ter consciência do que vem pela frente, ter um plano de estudos, e usar técnicas para maximizar seu aprendizado.
Infelizmente, a maioria das pessoas não tem ideia de como aprender coisas. Elas apenas utilizam uma técnica que criaram durante o tempo de escola. Mas a escola não nos ensina a aprender. Como resultado disso, as pessoas não conseguem se treinar para serem melhores.
As pessoas ditas “inteligentes”, que se sentam lá na frente na sala de aula, não anotam nada e se saem bem nas provas, não são superdotadas. Elas apenas têm uma estratégia de aprendizado diferente – que é possível copiar!
Por isso, nós sugerimos que você tome uma atitude imediatamente. Note que existem técnicas e hábitos que podem te levar além. Nada de conquistar os sonhos, mas sim, de transformar esses sonhos em metas, e a partir daí, ser aprovado será apenas uma questão de alcançar essas metas.
Como a Mariana fez.
Dia do resultado
Mariana abriu o site da banca. Procurou a lista dos aprovados. Teria sido aprovada? Teria que esperar uma segunda chamada? Uma terceira?
Nada disso.
Figurando em terceiro lugar das 15 vagas da sua região, estava o nome dela!
Sua filha não ia entender quando ela fosse abraçá-la em lágrimas, mas rindo de alegria!
